
Por Minha Receita
Poucos cortes despertam tamanha paixão entre os carnívoros quanto os tipos de costelas bovinas. Entre tantas variações, uma em especial costuma gerar dúvidas nos açougues e supermercados: a tal da costela minga. Com nome curioso e características próprias, ela desperta a curiosidade de quem busca o corte ideal para o próximo almoço de domingo ou uma refeição extremamente saborosa.
Mas o que é a costela minga? Ela é diferente da costela comum? É mais macia, mais dura, mais indicada para assar ou cozinhar? E sim — existe até mesmo a versão da Costela Minga Friboi, bastante procurada. A seguir, respondemos essas perguntas e te ajudamos a escolher o melhor corte com muito mais confiança.
O que é a costela minga?
A costela minga é um dos três tipos principais de costela bovina, ao lado da costela ponta de agulha e da costela ripa. Ela é retirada da parte inferior do boi, mais especificamente da região próxima ao abdômen, onde ficam os ossos mais finos e compridos. Essa parte do boi é composta por fibras longas e uma boa quantidade de gordura entremeada — o famoso marmoreio.
Por causa disso, a minga é considerada uma costela com alto sabor, mas que exige um preparo mais cuidadoso para atingir a maciez ideal. É um corte que costuma render bastante e se destaca pelo custo-benefício.

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Qual a diferença entre costela tradicional e costela minga?
A chamada “costela tradicional” pode incluir diferentes porções do boi, mas geralmente se refere à costela ripa, que vem da parte superior do dorso e costuma ter ossos mais largos e carne mais densa.
Entenda na prática:
- Costela ripa: ossos largos, carne mais grossa e fibrosa, muito usada no churrasco gaúcho.
- Costela minga: ossos finos e compridos, carne com mais gordura e sabor intenso.
A escolha entre elas depende do seu objetivo. Quer carne mais firme e visual de churrasco tradicional? Vá de ripa. Quer carne com mais sabor e suculência? Minga nela!
A costela minga é boa? É indicara para churrasco?
Ela é uma proteína excelente, desde que preparada com o tempo e cuidado que exige. Por ter fibras longas e bastante gordura, o ideal é cozinhar ou assar lentamente, permitindo que o colágeno e a gordura se desfaçam e deixem a carne macia, desmanchando na boca.
Para churrascos, ela funciona muito bem — especialmente se for preparada no bafo, na churrasqueira com fogo indireto ou até mesmo na parrilla com bastante paciência. Vale lembrar que não é um corte de preparo rápido: se estiver com pressa, talvez outro tipo se encaixe melhor.
Qual tipo de costela é mais macia?
Tudo depende do preparo — mas, em geral, a costela mais macia é aquela que passou por um bom tempo de cozimento ou assamento lento. A costela ponta de agulha costuma ser mais macia por ter maior proporção de gordura, mas a minga não fica atrás quando bem feita.
Se você busca uma costela que desmancha, seja no forno, na panela de pressão ou no bafo, a minga é uma ótima pedida.
Como cozinhar costela minga?
A costela minga é extremamente versátil e permite diferentes formas de preparo, todas com um ponto em comum: tempo. No forno, uma boa dica é envolvê-la no papel-alumínio com ervas, alho e sal grosso, assando lentamente por 3 a 5 horas a 160 °C para garantir maciez e suculência. Na churrasqueira, o ideal é preparar no bafo, com calor indireto e bastante paciência — o tempo pode variar entre 4 e 6 horas, dependendo da espessura da peça e da intensidade do calor.
Para quem busca praticidade, a panela de pressão é uma ótima aliada: em 50 minutos à 1h30, a carne já fica macia e desfiando. Já quem tem uma slow cooker (panela elétrica de cozimento lento), pode apostar nela para um preparo sem erro: basta temperar bem e deixar entre 6 a 8 horas cozinhando. Em todas essas opções, o segredo é o mesmo: quanto mais lenta a cocção, mais macia e saborosa a costela vai ficar.
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